Folha de S. Paulo


Após protestos, zona oeste tem maior trânsito da cidade

Na manhã desta sexta-feira (30), após uma série de protestos marcados por centrais sindicais, a zona oeste de São Paulo registrou o maior índice de congestionamento na cidade.

A mobilização foi convocada por centrais sindicais em vários Estados por redução na jornada de trabalho, fim das terceirizações e mudanças nas regras de aposentadoria.

Santos tem manhã de caos no trânsito em avenidas e estradas
Em BH, manifestantes fecham vias e estações de ônibus
Porto Alegre tem manifestações e fica sem ônibus e trens

Por volta das 11h, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrava 79 km de congestionamentos em São Paulo. De acordo com órgão, 9,1% dos 868 km monitorados estão parados. O número é menor do que a média para o horário, de 11%.

Na zona oeste, segundo a CET, havia 43 km de congestionamento no horário. Na região funcionários e estudantes da USP (Universidade de São Paulo) fecharam por volta das 7h desta sexta-feira o portão principal da Cidade Universitária. O acesso fica no cruzamento da avenida Afrânio Peixoto com rua Alvarenga, no Butantã.

O grupo aderiu à pauta nacional das centrais sindicais. Os uspianos, no entanto, também protestavam contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pediam eleições diretas para reitor na universidade.

O protesto acabou às 12h. Segundo o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), os manifestantes iniciarão um novo ato em frente à Reitoria da universidade às 12h.

SANTOS

Os moradores de Santos (Baixada Santista) enfrentaram uma manhã de transtornos nesta sexta-feira, por causa de um protesto em diferentes pontos da cidade.

Representantes das centrais sindicais bloquearam os principais acessos à cidade, durante a madrugada, e mantiveram vários estabelecimentos comerciais fechados.

A mobilização teve início por volta de 5h, quando houve o bloqueio da rodovia Anchieta e também dos acessos às cidades de São Vicente e Guarujá.

O trânsito ficou represado até 10h30. Para minimizar o impacto, a Polícia Militar permitiu que motocicletas trafegassem pela ciclovia que corta a orla santista.

No Estado, diversas outras estradas, como a Imigrantes e a Bandeirantes, também foram paradas por manifestantes no início da manhã.

PELO BRASIL

Duas manifestações na região do Barreiro, distrito da região oeste de Belo Horizonte, marcaram o dia de lutas convocados por centrais sindicais e sindicatos em todo o país.

Duas estações de ônibus da região, por onde circulam mais de cem mil passageiros, foram fechadas nesta sexta-feira (30) por motoristas e cobradores de ônibus.

Já a capital baiana ficou sem transporte público na manhã desta sexta devido à mobilização nacional de sindicalistas, além de enfrentar paralisações de professores da rede estadual e municipal e de policiais civis.

Em São Luís, motoristas e cobradores pararam 100% da frota de ônibus da capital maranhense.

Porto Alegre (RS) ficou praticamente sem circulação de ônibus na manhã desta sexta-feira devido à mobilização nacional de sindicalistas.

Segundo a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), apenas 10% da frota da capital gaúcha está nas ruas. Dois dos quatro consórcios que operam na cidade pararam completamente as atividades no começo da manhã.


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