A Salvatta Engenharia nega que tenha havido reunião para falar sobre a paralisação da obra, como informou à polícia um funcionário.
Questionada pela Folha, a empresa afirma que não chegou a detectar irregularidades no local --e que fez "pequenas escavações" para prospecção, sem afetar a estrutura do imóvel.
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De acordo com advogados de Mostafa Abdallah Mustafa, essas escavações podem ter relação com o acidente.
A Salvatta, porém, diz ter insistido para o dono do imóvel apresentar projetos da obra, sem êxito. A empresa afirma que não sabia do embargo ocorrido meses antes.
"Houve solicitação insistente da documentação dos projetos, inclusive das ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica)", disse.
Diante da falta de documentação da construção, decidiu fazer um "estudo de viabilidade" da área. Um relatório a respeito disso ainda estava sendo feito quando ocorreu o desabamento.
PROJETO
Edilson Carlos dos Santos, advogado de Mustafa, não comentou o fato de a obra ser diferente do projeto entregue à prefeitura.
"Não tenho esses detalhes técnicos. Terei acesso amanhã [hoje] aos documentos após reunião com Mustafa."
Ele afirma que vai apresentar uma petição no 49º DP (São Mateus) para colocar o dono do imóvel à disposição para depoimentos.
Sobre as declarações de funcionários da Salvatta de que a obra herdada por eles tinha problemas, questionou: "Se sabiam que a obra oferecia riscos, porque colocaram cerca de 40 operários para trabalhar ali no dia?".
Issam Sidom, que mediou o aluguel do imóvel à rede Torra Torra, afirma que Mustafa está sem "condições emocionais para falar".
A arquiteta Rosana Ignácio desligou o telefone quando a Folha se identificou.
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