Folha de S. Paulo


Operário diz que esperava material para reforçar estrutura de prédio que desabou em SP

O pintor Gleisson Feitosa, que estava na obra que desabou na zona leste de São Paulo, afirma que a estrutura da obra "estava fraca". De acordo com o funcionário, o fato já havia sido avisado aos responsáveis pela obra que "pediam para continuar".

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Segundo Feitosa, ontem, eles esperavam materiais para continuar reforçando a estrutura do prédio de dois andares que caiu por volta das 8h30 da manhã dessa terça-feira (27). O pintor, de 24 anos, veio do Maranhão para trabalhar em São Paulo.

Ele ganhava cerca de R$ 1.500 para trabalhar na construção do empreendimento. Após a queda do prédio, o pintor ficou duas horas preso nos escombros e teve apenas ferimentos leves.

BUSCAS

O trabalho de buscas de sobreviventes já dura mais de 28 horas no local da tragédia, que matou 8 pessoas e feriu 26. Cerca de 50 bombeiros trabalham, na manhã desta quarta-feira, na procura por mais vítimas. Pelo menos duas pessoas permanecem nos escombros

A avenida Mateo Bei segue interditada para o trabalho da corporação que empenhou 17 viaturas para realizar o resgate. Desde ontem, por volta das 8h30 da manhã -- horário do acidente -- mais de 130 homens dos Bombeiros atuaram na busca por sobreviventes.

Durante a madrugada, cerca 70 profissionais se revezaram, com ajuda de cães farejadores, na procura pelos operários que trabalhavam na construção do prédio que tinha dois pavimentos. As buscas estão concentradas em dois pontos, onde, desde às 2h, as equipes de resgate atuam em um trabalho minucioso.

Segundo o Corpo de Bombeiros, ainda não é possível dizer as causas do acidente. O major Anderson Lima de Oliveira explicou que, de acordo com relato de testemunhas, a primeira laje do empreendimento, que está localizado em uma área de 1000 m2, cedeu e "levou" as outras.

Editoria de arte/Folhapress
Desastre São Mateus
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