Folha de S. Paulo


Mãe e sobrinha de estilista foram espancadas antes de serem mortas no RJ

Peritos da Polícia Civil do Rio encontraram marcas de espancamento nos corpos da mãe, da sobrinha do estilista Beto Neves, dono da grife Complexo B, além do namorado da jovem. Os três foram achados mortos com tiros, na manhã desta terça-feira, no quarto da mãe do empresário, no bairro Venda da Cruz, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio.

O crime teria acontecido entre as 8h30 e as 10h de hoje. Vizinhos disseram à polícia que avistaram um garoto pulando o muro da casa nesse intervalo de tempo. A principal suspeita é de assalto. Amigos da família disseram, no entanto, que apenas os celulares das vítimas foram levados.

Mãe e sobrinha do dono da marca Complexo B são encontradas mortas no RJ

"Todos foram espancados. A mãe dele tinha um ferimento gigantesco na cabeça e a sobrinha ficou com o rosto deformado pelas pancadas. Muito triste o que aconteceu. O Beto ficou desnorteado, desesperado porque as duas eram referências fortes na vida dele", lamentou o jornalista Thiago Monteiro, amigo há 30 anos do estilista.

No Facebook, Beto Neves lamentou as mortes. "Acabei de perder minha mãe e sobrinha. Assassinato. O que fazer meu Deus", escreveu na rede social.

Às 17h, policiais militares e civis já haviam realizado perícia no local. Os corpos de Linete Loback Neves, 70, Manoela Neves, 22, e Rafani Ribeiro, 23, foram levados para o IML (Instituto Médico Legal) de Tribobó, no mesmo município.

Monteiro disse que Manoela Neves era como uma filha para Beto. Ela foi criada por ele e por dona Linete Neves.

"A Manoela era a única herdeira do Beto. Parece que ele estava pressentindo o que ia acontecer. Me disse nesses dias que não estava muito bem, se sentia muito angustiado", afirmou o jornalista à Folha.

O estilista também comentou com amigos que se preocupava pelo fato de a família morar naquela região. "Ele disse que o lugar é ermo e não tem segurança", lembrou Monteiro.

Os criminosos teriam usado um objeto pontiagudo para espancar as vítimas. Neves disse aos amigos que chegou a falar com a sobrinha por volta das 8h de hoje. Ela havia dito que estava terminando de se arrumar para encontrá-lo na confecção em São Cristóvão, na zona norte do Rio, onde trabalhava com ele como sócia da grife Complexo B.

Investigadores da Divisão de Homicídios de Niterói ainda tentam descobrir a motivação do crime. Dona Linete era conhecida no mundo da moda e do samba por organizar encontros com uma feijoada preparada por ela.

Em nota, a Polícia Civil informou que busca imagens de câmeras de segurança que possam ajudar na identificação dos assassinos.


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