Folha de S. Paulo


Moradora de rua é a única que continua presa após protestos em SP

Uma moradora de rua de 38 anos é a única pessoa que ainda está presa após os protestos de junho em São Paulo.

Naquele mês, 155 suspeitos foram detidos. As principais acusações foram dano ao patrimônio, furto, incêndio e incitação a violência. Até sexta-feira passada, Josenilda da Silva Santos continuava presa, apesar de a Defensoria Pública ter pedido sua libertação à Justiça.

Análise: Mais importante que pena é a capacidade de dar resposta à sociedade

Ela foi detida com outras sete pessoas durante a onda de saques no dia 18 de junho. Na ocasião, vândalos depredaram a prefeitura paulistana, incendiaram uma van da TV Record e uma guarita da PM no Viaduto do Chá, no centro.

Conforme a investigação policial, Josenilda furtou um cobertor, roupas e um creme hidratante de uma loja. Ela só ficou presa porque a Justiça entendeu que a desempregada deu um nome falso à polícia.

O objetivo era evitar que a polícia descobrisse que ela já tinha sido processada por roubo. Nesse caso, Josenilda foi condenada em 2009, a cinco anos de prisão. No ano seguinte, a Justiça a absolveu.


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