Folha de S. Paulo


Polícia prende suposto líder de quadrilha especializada em assaltos a joalherias em SP

A Polícia Civil prendeu o suposto líder de uma quadrilha responsável por, pelo menos, três ataques a joalherias em shoppings na cidade de São Paulo. Ele seria o mentor dos assaltos ocorridos nos dias 12 e 29 de julho no bairro Ibirapuera, na zona sul da capital.

O ajudante Ademir Fogaça de Almeida, 39, foi detido por integrantes da 4ª Divecar (Delegacia de Investigações sobre Fraudes) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) no dia 14, mas a equipe só revelou as apurações neste domingo (26). Ele foi encontrado em um bar na favela do Abacateiro, região de Interlagos, na zona sul.

Grupo rouba 2 joalherias do shopping Ibirapuera simultaneamente
Bandidos assaltam joalheria do shopping Ibirapuera; 2 são detidos
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Ricardo Gallo/Folhapress
Loja Monte Carlo fechada após assalto no shopping Ibirapuera, na zona sul de São Paulo
Loja Monte Carlo fechada após assalto no shopping Ibirapuera, na zona sul de São Paulo; estabelecimento foi alvo de dois roubos

Além de Almeida, os policiais detiveram outros quatro suspeitos, entre eles uma garota, de 16 anos. Outra mulher integrante do bando foi identificada e está foragida.

A polícia começou a desmontar a quadrilha no último dia 30 de julho, quando descobriu o ponto de reunião da quadrilha e deteve o atendente Everton de Jesus, de 27 anos. Ele admitiu a participação nos roubos.

De acordo com a Polícia Civil, a confissão permitiu que agentes do Deic identificassem o suposto líder da quadrilha.

No momento da prisão de Almeida, os policiais também detiveram outros dois integrantes da quadrilha: o eletricista Diego de Oliveira, de 26, e o office-boy Rony da Cruz, de 23.

Em depoimento, Almeida revelou que realizava levantamentos dos locais que pretendia atacar. Para controlar a situação, o ajudante criou a estratégia dos três blocos.

Um grupo era responsável por invadir o estabelecimento comercial. Outra parte, chamada de "corredor", tinha funções de observar a movimentação dos seguranças e criar tumulto para desviar a atenção no momento da fuga.

Um terceiro bando -- batizado de cavalo -- ficava fora do shopping, nos veículos, para agilizar a saída da quadrilha.

A equipe da 4ª Divecar apura o envolvimento de, pelo menos, outras 10 pessoas na quadrilha. Também não descarta a participação em outros roubos a joalherias de shoppings.


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