Cerca de 500 pessoas ocuparam o plenário externo da Câmara de São Paulo para participar da audiência da Comissão de Transportes, que começou por volta das 18h30 desta quinta-feira.
Para evitar invasões ao Legislativo, policiais militares revistam as pessoas que entram e guardas municipais cercam o entorno da Casa. Os acessos ao plenário foram fechados. Já os funcionários do local foram liberados mais cedo.
Entre os manifestantes há integrantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e uma chapa que disputa a presidência do Sindicato doa Motoristas e Cobradores.
Estão proibidos manifestantes mascarados --na entrada, há cartaz expõe uma resolução estadual que proíbe pessoas com vestimentas que escondam o rosto. Policiais militares fazem uma revista minuciosa em cada estudante. Trabalhadores ligados a sindicatos, porém, não passaram pela mesma revista.
São esperados manifestantes da Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), que na semana passada ocuparam a Câmara durante protesto organizado pelo Movimento Passe Livre.
Após a ocupação, que aconteceu em meio a confronto com policiais militares, o presidente da Câmara José Américo (PT) agendou um encontro com o grupo hoje. Ele deveria ocorrer dentro da Casa, no salão nobre no mesmo andar da presidência, mas por motivos de segurança optou-se por fazer no plenário de fora.
Na semana passada, José Américo bateu boca com manifestantes, que exigiam acesso às planilhas de custos documentos recebidas pela CPI dos Transportes, que acontece na Casa desde junho.
Desde o inicio dos protestos de junho, estudantes da Anel já ocuparam 15 legislativos municipais em todo país.