Folha de S. Paulo


Médicos contratados pelo governo começam a trabalhar no próximo dia 16

Os médicos estrangeiros que participarão do programa do governo federal Mais Médicos vão começar a trabalhar em Unidades Básicas de Saúde no dia 16 de setembro. Antes, os profissionais vão participar de um treinamento de três semanas sobre o funcionamento do SUS (Sistema Único de Saúde).

A informação é do secretário nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Brasil vai receber 4.000 médicos cubanos ainda em 2013

Os 400 médicos cubanos, que chegarão ao país na próxima segunda-feira, também começam a trabalhar no mesmo dia. A maioria deles deve ser alocada em cidades do Norte e Nordeste.

Nesse treinamento, qualquer um desses médicos, sejam brasileiros ou estrangeiros, pode ser desclassificado se for reprovado nas avaliações, feitas por universidades públicas.

O programa Mais Médicos foi lançado em julho pela presidente Dilma Rousseff. Um de seus focos é ampliar a presença de médicos, brasileiros ou estrangeiros, no interior do país e nas periferias das grandes cidades.

SALÁRIO

O secretário Jarbas Barbosa disse hoje, em evento com secretários municipais de Saúde do Estado de São Paulo, que o trabalho dos profissionais de Cuba não tem características de escravidão, como afirmou o CFM (Conselho Federal de Medicina)

"Os médicos virão voluntariamente. Não é escravidão. Eles receberão salários que já ganham em Cuba, ou que o Ministério da Saúde cubano paga para missões no exterior", disse. "Nós não podemos pagar diretamente aos cubanos. O governo cubano só aceita sob forma de acordo bilateral", disse.

O governo brasileiro afirmou que vai repassar a Cuba, via OPAS, R$ 10 mil mensais por cada médico, mesmo valor pago aos médicos que se inscreveram individualmente no programa. Além disso, será repassado à Cuba uma ajuda de custo para instalação do médico no Brasil.

O ministro da Saúde Alexandre Padilha não soube dizer ontem quanto será pago, de fato, ao médico cubano. Joaquin Molina, chefe da OPAS no Brasil, disse também não ter essa informação. O ministro afirmou que o governo brasileiro e a OPAS vão fiscalizar as condições de trabalho que serão dadas ao profissional.


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