Folha de S. Paulo


Motoristas de vans escolares fazem protesto em vias de São Paulo

Um grupo de motoristas de vans escolares faz um protesto, na manhã desta quinta-feira, em ruas da cidade de São Paulo. Com os veículos, eles formaram uma fila e ocupam uma faixa das avenidas Radial Leste, 23 de Maio e Paulista.

O grupo promete seguir em carreata até a região do viaduto do Chá, em frente a Prefeitura de São Paulo. No total os organizadores do evento dizem que 1.100 vans participam do ato de hoje.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) há lentidão em todos os corredores por onde passa o protesto.

Danilo Verpa/Folhapress
Motoristas de vans escolares fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira em ruas de São Paulo
Motoristas de vans escolares fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira em ruas de São Paulo

Os motoristas pedem um reajuste salarial de 50%. A prefeitura afirma que deu um aumento de 15% em maio deste ano.

"Queremos um reequilíbrio econômico-financeiro. Os custos são muito altos perto do que ganhamos", disse Hélio Menezes presidente da Artesul (Associação Regional de Transporte Escolar de São Paulo).

Segundo Menezes os motoristas ganham de R$ 3 mil a R$ 8 mil reais por mês. Os gastos variam entre R$ 6 mil e R$ 8 mil.

Para o presidente da Artesul o valor repassado por aluno pela prefeitura é muito baixo. "Ganhamos R$36,88 por aluno transportado e R$ 0,25 por quilômetro rodado. Queremos receber R$ 80 por aluno e R$ 1,75 por quilômetro rodado no mínimo", disse o Menezes.

Por meio de nota a Prefeitura de São Paulo disse que vem mantendo um diálogo com as empresas, cooperativas e profissionais autônomos contratados para o Transporte Escolar Gratuito de estudantes.

Desde o início deste ano uma comissão formada por representantes do setor e por técnicos das secretarias de Transporte e Educação vem trabalhando para aperfeiçoar a prestação desse importante serviço e garantir a necessária qualidade e segurança das 71 mil crianças que dependem desse tipo de transporte para frequentar as escolas.

O governo municipal também disse que trabalha numa nova proposta de reorganização do serviço a ser implantada a partir do inicio do próximo ano. A Secretaria Municipal da Educação não soube informar se, antes dos protestos, as vans levaram os estudantes às escolas.


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