Folha de S. Paulo


Policiais e menino de 12 anos são feridos em tiroteio no Alemão

Três policiais militares e um menino de 12 anos foram feridos durante uma troca de tiros, na noite de ontem (20), na favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. Nenhum dos quatro corre risco de morrer. Segundo a polícia, o tiroteio envolveu policiais e traficantes, mas não foram dados mais detalhes.

Nas redes sociais, moradores passaram a noite falando sobre o tiroteio no complexo. A comunidade possui, desde abril de 2012, uma base de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). "Muitos tiros são ouvidos neste momento no Complexo do Alemão, em diferentes lugares. Situação tensa e moradores com medo", alertou o Twitter do jornal "A Voz da Comunidade", às 23h09, de terça-feira (20).

Thiago Antonio da Silva, 12, foi ferido na perna direita quando estava na casa avó, por volta das 22h. Ao dar entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o menino gritava para a mãe não deixá-lo morrer. Após ser medicado, ele foi transferido para o hospital Souza Aguiar, no centro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele está internado em observação na unidade, mas não corre risco de morte.

Três policiais também foram feridos. Um PM foi atingido de raspão no braço direito e os outros dois tiveram ferimentos no ombro e nas costas. Eles foram encaminhados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Dois já foram liberados e passam bem. Um deles precisou fazer uma cirurgia para retirada de um projétil alojado no ombro, mas não corre risco de morte. Os nomes dos policiais não foram revelados.

O policiamento foi reforçado no local. O comandante das UPPs, o coronel Frederico Caldas esteve pela manhã no quartel da Polícia Militar do Rio para conversar com o comandante-geral, o coronel José Luís de Castro Menezes sobre os problemas no Complexo do Alemão.

O conjunto de favelas foi tomado pelas forças de segurança em novembro de 2010. Durante um ano e meio permaneceu ocupado pelo Exército. Entre abril e junho do ano passado, a secretaria de Segurança Pública instalou oito bases de UPPs espalhadas pelas favelas do complexo.


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