Folha de S. Paulo


Análise preliminar desclassifica 12% dos médicos formados no exterior

Dos 522 médicos formados no exterior selecionados na primeira rodada do programa Mais Médicos, 63 foram desclassificados em análise preliminar do governo.

Segundo o Ministério da Saúde, 57 deles entregaram comprovantes que mostram que eles atuam em países vetados do programa (aqueles com proporção de médicos menor que o Brasil), e os outros seis apresentaram registro profissional inconsistente.

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Esses números, porém, ainda podem cair. De acordo com a Saúde, todos os médicos formados no exterior terão seus nomes analisados pela Polícia Federal. E os documentos apresentados ainda passarão por segunda avaliação quando os médicos chegarem no Brasil.

Em contrapartida, novos 36 médicos formados no exterior foram selecionados em segunda chamada, ainda dentro da primeira rodada do programa. Esses profissionais ainda precisam validar seus documentos nas embaixadas do brasileiras.

A primeira rodada do Mais Médicos selecionou 1.816 médicos para atuarem em 579 cidades. A demanda inicial era por 15.460 médicos em 3.511 cidades.

MAIS MÉDICOS

O programa Mais Médicos foi lançado pelo governo federal em julho, para levar profissionais de saúde a municípios onde há falta de profissionais, especialmente nas regiões Norte e Nordeste e em periferias de grandes cidades.

Entidades médicas criticam a dispensa, no programa, do Revalida, exame federal que tem feito a revalidação dos diplomas de médicos nos últimos anos. No Mais Médicos, o governo dispensou a aprovação no exame --que reprova cerca de 90% dos candidatos-- e instituiu uma avaliação, já no Brasil, durante três semanas.

A categoria também critica a dispensa de provas específicas para avaliação do conhecimento em língua portuguesa.


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