Folha de S. Paulo


Haddad deve ser julgado pelo mandato e não por seis meses, diz ministro

Depois que o prefeito Fernando Haddad (PT) desistiu de uma das principais promessas de campanha, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) saiu em defesa do companheiro de partido neste sábado (17), dizendo que correções de rota e orçamento são "naturais".

Ontem, a administração anunciou que obras estratégicas do Arco do Futuro --uma das principais promessas de campanha do prefeito de São Paulo-- não são mais prioridade.

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"Quando olho para a gestão do Fernando, lembro que o Lula dizia: não me julguem por seis meses, por um ano. Me julguem pelos quatro anos", disse Carvalho, durante um evento para a família de funcionários da Presidência no Palácio do Planalto. O ministro foi chefe de gabinete nos oito anos do governo Lula.

Para Carvalho, o Arco do Futuro não vai sair do papel agora por uma questão de ajuste orçamentário. "Correção de rota e orçamento é natural a depender da conjuntura. Ele contava não gastar tanto no transporte. Está tendo que injetar mais recursos no transporte", justificou.

COMUNICAÇÃO

A secretária de Planejamento e Gestão, Leda Paulani, anunciou ontem (16) a desistência de construir as vias paralelas à marginal Tietê que faziam parte do projeto.

Apesar de não revelar o valor, as obras são consideradas "caras" e, por isso, a prefeitura não tem condições orçamentárias de fazê-las.

Para o ministro, se o prefeito esclarecer bem a população sobre as circunstâncias do ajuste orçamentário, o impacto da desistência não causará danos à administração do petista.

"Tudo depende de uma boa comunicação para mostrar à população que você não está faltando com seriedade. Você esta adaptando seus projetos à situação econômica", disse.


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