Folha de S. Paulo


Morador reclama de vazamento de gás nos Jardins, em São Paulo

Uma obra da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) gerou um vazamento de gás ontem (16) na alameda Ministro Rocha Azevedo, nos Jardins, bairro da zona oeste de São Paulo.

O jornalista Luiz Leitão da Cunha, 56, diz que por volta de 19h30 começou a sentir um forte cheiro de gás na alameda, onde a Comgás realiza obras de canalização de gás.

Pouco tempo depois ele afirma que carros da Comgás e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interromperam o trânsito no trecho que fica entre a alameda Lorena e a rua Oscar Freire.

Luiz Leitão
Morador reclama de vazamento de gás na Alameda Ministro Rocha Azevedo, entre Rua Oscar Freire e Alameda Lorena
Homens trabalham no local onde ocorreu vazamento de gás na alameda Ministro Rocha Azevedo, nos Jardins

No entanto, afirma, o vazamento persistiu até pelo menos as 22h30 de ontem.

Segundo o morador, ao tentar tirar fotos, foi agredido por funcionários das empresas. E, ao questionar o engenheiro da Comgás sobre a interrupção do fornecimento de gás, recebeu como resposta que a empresa não poderia fechar o gás em outro ponto, porque deixaria 8.000 consumidores sem gás.

"Foi uma intervenção caótica, malfeita. Eles poderiam ter fechado o gás em outro ponto e não causar tantos transtornos", afirma. Segundo ele, o trânsito na região só foi liberado por volta de meia-noite.

Cunha reclama ainda de pressão na testa, e diz estar preocupado com o risco de explosão e com os riscos da inalação de metano à saúde.

OUTRO LADO

A Comgás informou que o vazamento começou às 19h, foi controlado às 20h e eliminado às 22h50. A empresa disse que investiga as causas.

A companhia afirmou que o gás natural não é tóxico e, por ser mais leve que o ar, se dissipa rapidamente em locais abertos. Apenas duas casas e dois comércios tiveram o abastecimento afetado, segundo nota enviada pela Comgás.

A assessoria de imprensa da Comgás disse que antes de fechar todo o sistema de distribuição, que afetaria centenas de clientes, é feita uma avaliação. Isso ocorre porque quando a distribuição é reestabelecida, é necessário verificar cada um dos imóveis para certificar que não há riscos.

Se o problema puder ser controlado enquanto há vazamento para não prejudicar mais abastecimentos, a companhia opta por afetar o menor número de clientes possível.


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