Folha de S. Paulo


Realmente, precisamos de mais médicos

Realmente, precisamos de mais médicos.

E de locais para atender adequadamente os doentes.

E com a competência que o exercício da profissão requer e o comprovado registro do diploma médico nos conselhos regionais de medicina, que os avaliza. Por lei, pelo menos até agora, é o órgão oficial que fiscaliza o exercício da profissão médica.

O Ministério da Saúde informou ontem ter confirmado a inscrição de 1.096 médicos diplomados no Brasil e de 522 com diplomas emitidos em outros países. Destes 522, 56% irão para a periferia e 44% para regiões de alta vulnerabilidade.

Os médicos brasileiros se manifestam em todo o país contra a edição de uma Medida Provisória para resolver o problema de atenção à saúde da população. O governo, por seu lado, demonstra ter pressa.

O fato é que na primeira fase do programa Mais Médicos ficou longe de sua meta de adesão. Atingiu 10,5% dos 15.460 profissionais de saúde pedidos pelas cidades.

Mas o problema da atenção à saúde da população não está restrito à presença de um médico.

Periferias e áreas de grande vulnerabilidade necessitam principalmente de adequado planejamento em saúde pública. Algo permanente e não provisório.

Chegar às áreas remotas é tão importante quanto equacionar os problemas resultantes das doenças infecciosas provocadas pelas enchentes nessas áreas, por exemplo.


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