Folha de S. Paulo


Colegas de jovens envolvidas em crime em GO recebem tratamento psicológico

Típica cidade interiorana, onde a maior parte das família se conhece e jovens frequentam os mesmos lugares, Jataí está traumatizada com a morte de Bianca Pazinatto.

Agora, colegas de turma de Bianca, na UFG (Universidade Federal de Goiás), e das jovens suspeitas, em uma escola particular, estão sob acompanhamento psicológico.

'Ela só queria fazer o bem', diz pai de jovem morta em GO
Dupla usou internet para fazer roteiro de crime em Goiás

"Quando esses jovens se deparam com um crime assim, sem explicação e no qual amigas mataram a amiga, surge um clima de insegurança muito grande. Se fosse roubo ou sequestro teríamos até mais chance de entender", disse Alexandre Braoios, 44, que dava aulas de bacteriologia para Bianca na UFG.

Muitos dos estudantes que vivem na cidade deixaram famílias em outras regiões do Estado e dividem quartos com universitários.

Diretor da escola das suspeitas, Francisco Dantas, 45, disse que nenhuma das duas jamais havia tido qualquer tipo de atitude violenta.

"Agora, alguns alunos do terceiro colegial, também com 17 anos, estão dormindo na mesma cama com os pais. É reflexo da sensação de insegurança", diz Dantas.

AJUDA À SUSPEITA

A garota de 16 anos, apontada à Justiça e à polícia pela de 17 anos como a responsável pelas facadas em Bianca, era acompanhada por psicólogos havia dois anos.

"Ela teve sequelas de uma meningite, que a deixou internada por três meses. Por isso, tomava remédios controlados e recebia tratamento psicológico desde 2011. Até seu sistema de avaliação na escola era outro", disse.
Por causa da meningite, Jataí fez uma campanha para arrecadar dinheiro para o bancar o tratamento da jovem de 16 anos e os Pazinatto, dentre eles o pai de Bianca, chegaram a contribuir.


Endereço da página:

Links no texto: