Folha de S. Paulo


Passeata de policiais interdita vias do centro de São Paulo

Uma passeata organizada por policiais civis bloqueou totalmente uma das pistas da avenida Ipiranga, na região central de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (8). O protesto começou por volta das 15h e reuniu, segundo os organizadores, 300 delegados.

Durante o percurso, diversas outras vias também foram bloqueadas, como as avenidas São João e São Luís. O grupo carregava faixas contra o PSDB e o governo do Estado além de usar apitos e bexigas pretas, em sinal de luto.

O protesto acabou às 17h45, dez minutos depois de chegar na frente da SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), na região do Anhangabaú. Novamente ocorreram criticas ao governo do estado e gritos de "fora Alckmin".

A manifestação pedia melhor condições de trabalho, principalmente melhores salários. "Queremos [um salário] de pelo menos dois dígitos" disse Marilda Pinheiro, presidente da Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), que organizou o ato.

Às 15h45, o protesto parou em frente à delegacia geral, na rua Brigadeiro Tobias. Parte dos policiais pediram que as pessoas deixassem o prédio e se juntassem a manifestação.

Marilda utilizou o carro de som para criticar a política de segurança publica do estado. Os policiais pediram a saída do governador, Geraldo Alckmin.

Ela disse estar cansada de conversar com o governo sem que aconteça uma solução e não descartou que a categoria entre em greve. "A maior vitima do caos na segurança publica é a sociedade", disse.

PARALISAÇÂO

Por volta das 10h, os policiais iniciaram a operação Blecaute, que restringe o atendimento à população em delegacias do interior e da capital.

De acordo com a Adpesp, 98% das delegacias do estado aderiram a paralisação.

Procurada, a SSP ainda não se manifestou a respeito da paralisação dos delegados e investigadores nesta quinta-feira.


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