Folha de S. Paulo


Comissão de ética vai analisar indicação de diretor da ANS

A Presidência da República informou que pediu à Comissão de Ética Pública que analise a indicação de Elano Figueiredo para uma das vagas de diretor da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), frente a notícias veiculadas de que ele, como advogado, defendeu planos de saúde.

A indicação de Figueiredo, aprovada pelo Senado na semana passada, tem sido criticada por parlamentares e entidades.

A relatora da indicação, senadora Ana Amélia (PP-RS), disse que manterá seu relatório pela aprovação de Figueiredo, pelo menos até o resultado da análise pela comissão de ética.

"O dr. Elano me falou que foi advogado de plano de saúde, mas para mim não é grave. Se fosse, teríamos que fechar todas as agências reguladoras e o Banco Central. A ministra Gleisi [Hoffmann] está pedindo a manifestação do Conselho de Ética da Presidência. Mas ele está trabalhando há quase dois anos na ANS [em outra função]. O governo levanta essa questão só agora?", afirmou a senadora.

A ANS informou que "foi informada por Elano Figueiredo formalmente, quando ingressou como diretor-adjunto, em 5 de março de 2012, que não tinha naquele momento vínculo com operadoras de planos de saúde, que renunciou aos mandatos de seus ex-clientes para defende-los, suspendeu a inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e abdicou de advogar. Além disso, registrou que se abstinha de participar de julgamentos e análises que envolvessem seus ex-clientes".


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