O comandante da PM do Rio, coronel Erir Costa Filho, foi exonerado do cargo na noite desta segunda-feira (5) pelo secretário da Segurança, José Mariano Beltrame. A saída ocorre após os dois divergirem sobre a anistia dada a PMs.
A decisão foi divulgada após duas horas e meia de reunião entre os dois, na sede da secretaria. Nenhum deles falou com a imprensa.
Elogiados, PMs presos em quartéis do Rio terão punição perdoada
Por meio de nota, Beltrame elogiou o coronel, que comandou a tropa por um ano e dez meses.
"Mudanças fazem parte do processo de gestão e devem ser vistas com naturalidade. Quero ressaltar o trabalho e a integridade do comandante, além de seu amor à corporação que comandou", afirmou Beltrame, em nota.
Costa Filho foi o quarto comandante da PM sob gestão de Beltrame. A secretaria não divulgou o nome do novo ocupante do cargo.
A pasta também não informou se a anistia dada aos PMs será revogada.
| Paula Giolito/Folhapress |
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| O coronel Erir Ribeiro da Costa Filho foi exonerado do cargo de comandante da PM do Rio |
ANISTIA
Com elogios à atuação da PM na Jornada Mundial da Juventude e nas manifestações nas ruas do Rio, o então comandante-geral da Polícia Militar no Estado, coronel Erir da Costa Filho, cancelou, na semana passada, punições aplicadas por ele a policiais da corporação que se encontram presos em quartéis.
Segundo a PM, o benefício atingiria apenas "casos de menor potencial ofensivo".
Com a anulação das punições, os policiais detidos serão soltos e poderão voltar a trabalhar nas ruas. Na ficha funcional, a menção à ocorrência será mantida, mas agora sem consequências práticas. PMs que tiveram a prisão decretada pela Justiça serão mantidos presos.
Ontem (4), Beltrame afirmou em coletiva à imprensa que não gostou da forma como foi "colocado e comunicado" o ato do coronel. Beltrame disse que esperava uma explicação da PM e que é preciso esclarecer para a população o que significa delito "de menor potencial".
O secretário disse ainda que vai analisar a medida do comandante, antes de decidir sobre possível revogação do decreto.