Após Polícia Militar do Rio ter anistiado todos os policiais que receberam punições disciplinares entre 4 de outubro de 2011 e a última sexta-feira (1), como mostrou reportagem da Folha, o comando da corporação informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que uma das justificativas para a medida foi o excesso de trabalho durante os protestos e os eventos dos últimos meses.
"A dispensa do cumprimento da prisão de detenção se refere ao fato de a Polícia Militar ter cumprido escalas de serviço mais extenuantes nos últimos dois meses", diz a nota da PM, enviada na tarde deste sábado (3).
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"Durante a Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e as manifestações, os policiais trabalharam em escala 24 x 24 horas."
A PM também afirma que a anistia refere-se apenas aos casos de punições administrativas internas, "como atraso no serviço, faltas ou ausências não justificadas".
Entretanto, documento enviado à corporação é genérico, afirmando que o comandante "releva o cumprimento das punições disciplinares" por ele aplicadas. O boletim registra que a decisão abrange "atos punitivos com restrição de liberdade, cujo cumprimento já se iniciaram e, ainda, os pendentes de efetivação."
Até 19h10 (horário de Brasília), a PM não havia respondido se publicará uma retificação em boletim para que a aplicação da anistia seja restrita ao grupo especificado na nota à imprensa.