Folha de S. Paulo


Suspeita de cartel também atinge expansão da linha 5 do metrô

A investigação de cartel pelo Cade trata apenas da licitação no primeiro trecho da linha 5-lilás, que liga o Capão Redondo ao Largo Treze e foi inaugurado em 2002.

As obras começaram em 1998 e o trecho teve um investimento de cerca de US$ 646 milhões (R$ 1,3 bilhão na época), incluindo a construção de 9,4 km de vias, seis estações e a compra de trens.

SP acusa Cade de agir como 'instrumento' para prejudicar PSDB
Siemens diz que governo de São Paulo deu aval a cartel no metrô
Polícia libera 13 detidos durante protesto contra Alckmin em SP
Protesto faz comerciantes fecharem as portas em SP

Outro trecho da linha, atualmente em obras, virou alvo de investigação do Ministério Público após a Folha revelar, em 2010, que os vencedores da licitação eram conhecidos seis meses antes da divulgação oficial do resultado.

A expansão da linha terá 11 km, 11 estações, e vai chegar até a Chácara Klabin, na zona sul da cidade.

Após a reportagem, a concorrência de R$ 4 bilhões chegou a ser suspensa pelo governo.

A Corregedoria do Estado investigou o caso e verificou indícios de conluio entre as vencedoras da concorrência pública.

Ao assumir o cargo, Geraldo Alckmim (PSDB) cogitou anular o certame, mas acabou dando ordem para iniciarem as obras.

Na Justiça, o Ministério Público entrou com ação criminal contra 14 executivos das empreiteiras que venceram a licitação. Elas são acusadas de combinarem quem iria ganhar cada lote da concorrência.

A Justiça recebeu a denúncia, mas ainda não houve sentença. As penas dos réus podem chegar a dez anos de prisão.

Sérgio Avelleda, que presidia o Metrô na época, a companhia e 14 construtoras também são alvo de outra ação, na área cível.

Os réus negam as acusações e, neste ano, pediram para que a Justiça mudasse sua decisão e rejeitasse a ação da Promotoria. O pedido foi negado.

Editoria de Arte/Folhapress

Endereço da página:

Links no texto: