Folha de S. Paulo


Mulheres do Maranhão e homens de Alagoas têm menor esperança de vida

As mulheres que vivem no Maranhão têm a menor esperança de vida ao nascer entre todos os Estados do Brasil. São 72,8 anos ante os 79,9 anos daquelas que vivem em Santa Catarina, local com melhor resultado. A média do país é de 77,4 anos.

Entre os homens, o pior cenário ocorre em Alagoas (64,6 anos) e o melhor também em Santa Catarina (73,7 anos). A média masculina no Brasil é de 70,2 anos.

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Os dados são referentes a 2010 e foram divulgados nesta sexta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

"Os Estados em que a esperança de vida ao nascer é menor são aqueles que apresentam piores IDHs [Índice de Desenvolvimento Humano]", afirma Fernando Albuquerque, gerente do IBGE.

A pesquisa mostra também que as mulheres alagoanas vivem em média 9,37 anos a mais do que os homens. Na média nacional, a diferença é de 7,2 anos --a esperança de vida ao nascer dos homens era de 70,2 anos e das mulheres 77,4 anos.

André Costa e William Mur/Editoria de Arte/Folhapres
Esperança de vida ao nascer
Esperança de vida ao nascer

De acordo com o IBGE, a grande diferença em Alagoas ocorre porque o Estado apresenta a maior sobremortalidade masculina, de 7,4 vezes. Trata-se da probabilidade de o homem morrer, em comparação com a mulher. Neste caso, foram analisados homens com idade de 20 a 24 anos.

Além de precariedade de saneamento e saúde, também há problemas de violência, com morte por homicídio ou acidentes de trânsito.


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