Folha de S. Paulo


Cedae nega obra mal feita em adutora que causou tragédia no Rio

A terraplanagem feita em cima da adutora da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), em Campo Grande (RJ), pode ter sido a causa do acidente que matou uma criança ontem, disse à Folha o presidente da empresa, Wagner Victer. Ele disse, porém, que vai aguardar o parecer da polícia para confirmar a culpa pela tragédia.

Victer negou que o rompimento da adutora tenha sido causado por alguma obra mal feita por parte da Cedae, e disse que houve alguma intervenção que causou o acidente, mas que ainda está sendo apurado.

Após críticas, Cabral promete indenizar famílias de bairro alagado no Rio
Criança de 3 anos morre em rompimento de adutora no Rio

"Não foi problema de obra nossa ou de manutenção, não pode ter construção nem intervenção em cima de uma adutora", afirmou, admitindo que com a tragédia a Cedae deverá aperfeiçoar os procedimentos da empresa, mas não deu detalhes.

"Todo grande acidente leva ao aprendizado e à modificação de normas", avaliou.

Victer informou que desde que entrou na Cedae, em 2007, tem trabalhado para aumentar a transparência e eficiência da companhia, que tem capital aberto apesar de não negociar em bolsa.

"Temos um pacote de investimentos de R$ 2 bilhões que está sendo suportado pelo governo do Estado. Nós saneamos o balanço da empresa e temos auditoria externa. A Cedae é benchmark na sua área", afirmou.

Sobre o segundo acidente, ocorrido hoje em uma adutora em Vicente de Carvalho, Victer explicou que nesse caso a culpa foi de uma obra da Transcarioca e que o acidente "nem se compara ao acidente de terça-feira.

"Nunca havia morrido uma criança, isso é muito triste, eu como pai fico arrasado", declarou.


Endereço da página:

Links no texto: