Folha de S. Paulo


Polícia do Rio trabalha com hipótese de que Amarildo esteja morto

A cúpula de segurança do Rio trabalha com a hipótese de que o pedreiro Amarildo Dias, 47, esteja morto. A informação foi confirmada nesta quarta-feira pelo secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame.

Mais cedo, dois filhos do pedreiro estiveram no laboratório de análise da Polícia Civil, no centro, para ceder material genético para o exame de DNA que deve ser confrontado com as marcas de sangue encontradas por peritos no carro da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, na zona sul. A polícia quer saber se o sangue pertence a Dias, desaparecido desde o dia 14, na favela da Rocinha.

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"Estou tratando pessoalmente do caso Amarildo. Estive ontem com o doutor Orlando Zaccone [que era o responsável pela investigação na 15a DP (Gávea)], mas esse trabalho está sendo dirigido a partir de hoje pela Delegacia de Homicídios, que é uma delegacia com uma estrutura maior", disse Beltrame, durante entrevista coletiva, pela manhã, na reabertura do núcleo do Afroreggae no Complexo do Alemão, zona norte.

A previsão é que o resultado do exame de DNA seja divulgado na sexta-feira (2). Na semana passada, peritos encontraram manchas de sangue no veículo de número 6014 da UPP da Rocinha. O carro transportou o pedreiro Amarildo Dias.

Alessandro Buzas/Futura Press/Folhapress
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De acordo com o delegado da 15a DP (Gávea) Orlando Zaccone, uma das 80 câmeras instaladas na favela mostram o pedreiro entrando no carro da PM, próximo à rua 2, no interior da comunidade e seguindo para a sede da UPP. "Essa é a única imagem que temos do Amarildo. A partir daí, não temos mais nada", informou o delegado.

Na noite do dia 14, um domingo, quando Amarildo Dias desapareceu apenas duas câmeras não funcionavam na favela da Rocinha, de acordo com policiais civis. Justamente, as duas instaladas diante da sede da UPP.

Hoje, 17 dias após o início do inquérito, a apuração está sendo passada para a Delegacia de Homicídios.


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