Entidades médicas devem fazer uma nova manifestação na próxima quarta-feira (31) contra o programa do governo federal que quer trazer médicos do exterior para que trabalhem no SUS (Sistema Único de Saúde). A manifestação poderá paralisar serviços, mantendo a urgência e emergência.
Segundo a Fenam (Federação Nacional dos Médicos), o ato deve ocorrer em 20 Estados e no Distrito Federal. Os sindicatos de cada Estado, porém, têm autonomia para decidir como será o protesto, podendo haver manifestação, suspensão de serviços ou apenas orientação aos pacientes sobre a crise na saúde.
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No caso de São Paulo, os profissionais devem fazer uma passeata com concentração a partir das 16h na sede da Associação Paulista de Medicina --rua Francisca Miquelina, 67, na Sé--, seguindo pela av. Brigadeiro Luiz Antônio, Paulista e pela rua da Consolação até a sede do Cremesp (conselho regional de medicina), no número 753 da via.
A APM (Associação Paulista de Medicina) afirma que além do programa Mais Médicos, a categoria é contra também a abertura de mais vagas em escolas médicas, o acréscimo de dois anos na duração dos cursos de medicina e os vetos da presidência ao Ato Médico.
Em alguns Estados, o ato começará já na terça-feira, como no Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Esse é o terceiro ato da categoria contra as ações do governo federal. Os outros dois ocorreram nos duas 3 e 23 de julho. A Fenam afirma que será realizada uma avaliação das reivindicações da categoria após 10 de agosto e, caso não haja avanços no movimento, poderá ser decretada greve por tempo indeterminado.