Um novo protesto, agora na região de Santos (no litoral de SP), provocava 25 km de congestionamento na rodovia Anchieta, por volta das 19h10 desta segunda-feira. As filas se estendiam do km 39 até o km 64, no sentido no litoral.
Segundo a Ecovias, concessionária responsável pela estrada, o congestionamento é resultado de um protesto que acontece fora da área de concessão, na região portuária de Santos. A causa da manifestação, porém, não foi informada pela concessionária ou pela Polícia Rodoviária Estadual.
Na tentativa de fugir do trânsito na Anchieta, muitos motoristas se dirigiam para a Imigrantes no horário, que já tinha lentidão entre o km 62 e o km 65, também no sentido litoral. Na Cônego Domênico Rangoni, as filas estavam entre o km 261 e o km 270, no sentido Cubatão (no litoral de SP).
A interligação também registrava problemas no horário, com congestionamento entre o km 7 e o km 1.
Um outro protesto, que durou das 6h20 até as 13h30, também provocou longas filas nas rodovias que são acesso ao litoral. Cerca de 200 pessoas chegaram a fechar a pista da Cônego contra a remoção de famílias na Vila Esperança, em Cubatão (no litoral de SP). O bloqueio ocorreu no km 268, no sentido Guarujá.
MORADIA
A Prefeitura de Cubatão realiza, desde sexta-feira (26), uma operação para conter invasões de áreas públicas do município que afirma terem sido realizadas e incentivadas por "interessados em especular com a comercialização de moradias".
O trabalho, segundo a administração, está previsto em um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público para urbanizar a Vila Esperança.
A ação faz parte das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e terá investimento de R$ 267,3 milhões. A prefeitura diz já ter transferido 770 famílias para conjuntos habitacionais.
Na semana passada, moradores de dez barracos que não estavam cadastrados no programa habitacional foram notificados pelo município, que deu a eles um prazo de dez dias para desocupar a área.
Segundo a prefeitura, o terreno já estava sendo preparado para as obras de urbanização quando foi invadido, há quatro meses, por cerca de 150 famílias.
O município diz que solicitou reunião com uma comissão de manifestantes na próxima quarta-feira (31), às 15h, para tratar do assunto.