Um grupo de cem pessoas que protestou contra a remoção de famílias na Vila Esperança, em Cubatão (Baixada Santista), liberou a rodovia Cônego Domênico Rangoni por volta das 13h30, após mantê-la bloqueada desde as 6h30 desta segunda-feira (31), na altura do km 268, sentido Guarujá.
Durante toda a manhã, a manifestação interrompeu o trânsito em alguns trechos do sistema Anchieta-Imigrantes.
Por volta das 14h, havia congestionamento entre os km 32 e 55 da rodovia Anchieta, sentido Baixada Santista, e no acesso ao viaduto Alemoa, entre os km 63 e 64.
No sentido São Paulo, a situação se repete do km 64 ao 55. Na rodovia Padre Manoel da Nóbrega, o congestionamento se concentra entre os km 273 e 270, sentido Guarujá. A Cônego Domênico Rangoni, apesar de liberada, ainda registra lentidão entre os km 270 e 268, sentido Guarujá.
A interdição também afetou o trânsito no centro de Cubatão, cujas principais vias pararam durante a manhã, de acordo com a Polícia Militar.
MORADIA
A Prefeitura de Cubatão realiza, desde sexta-feira (26), uma operação para conter invasões de áreas públicas do município que afirma terem sido realizadas e incentivadas por "interessados em especular com a comercialização de moradias".
O trabalho, segundo a administração, está previsto em um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público para urbanizar a Vila Esperança.
A ação faz parte das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e terá investimento de R$ 267,3 milhões. A prefeitura diz já ter transferido 770 famílias para conjuntos habitacionais.
Na semana passada, moradores de dez barracos que não estavam cadastrados no programa habitacional foram notificados pelo município, que deu a eles um prazo de dez dias para desocupar a área.
Segundo a prefeitura, o terreno já estava sendo preparado para as obras de urbanização quando foi invadido, há quatro meses, por cerca de 150 famílias.
O município diz que solicitou reunião com uma comissão de manifestantes na próxima quarta-feira (31), às 15h, para tratar do assunto.