Um grupo de manifestantes depredou e pichou ao menos cinco agências bancárias durante protesto na avenida Paulista no início da noite desta sexta-feira. Às 19h30, a pista sentido Paraíso estava interditada pelas cerca de 500 pessoas que participavam do ato.
Cinco agências do Itaú, uma do Bradesco e uma do Santander foram destruídas. Os manifestantes também depredaram um semáforo, relógios SOS e canteiros centrais. A ordem que alguns deles gritam é: "só banco".
Eles arrancaram todas as cânones da Polícia Militar que eram usados como escudos e para bloquear ruas.
Haviam punks e integrantes dos black blocs no ato contra o governador Sérgio Cabral (PMDB). "O povo do Rio hoje não pode ter voz. Mas quero dizer que essa manifestação é pacifica", disse um manifestante. Ele foi vaiado e os demais gritaram. "Sem pacifismo.
Com faixas com as inscrições "Vaza Cabral", os manifestantes fazem um protesto contra a repressão policial nos atos ocorridos durante a visita do papa Francisco no Rio de Janeiro.
Convocada pelo Facebook, o protesto nomeado "Apoio aos irmãos e irmãs Cariocas", a manifestação começou no vão livre do Masp e seguirá pela avenida Paulista em direção à prefeitura, segundo os integrantes do ato.
O mesmo ato foi anunciado nas redes sociais em outras capitais, como Belo Horizonte, Florianópolis e Salvador. Os manifestantes também pedem explicações para o sumiço do pedreiro Amarildo Dias da Silva, 42, que desapareceu após uma ação policial na favela da Rocinha.
Ele desapareceu após ser levado por policiais militares de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
Entre os manifestantes, há integrantes dos black blocs --grupo que protesta depredando patrimônios públicos e privados.
"Cabral é ditador" e "fora Cabral" são as frases ditas pelos manifestantes. Em seguida, gritam "Alckmin, pode esperar, a tua hora vai chegar". O ato é monitorado à distância por policiais militares que fazem a segurança em frente ao parque Trianon.