Folha de S. Paulo


Em meio a críticas, braço da OMS diz apoiar programa Mais Médicos

Em meio a uma chuva de críticas de médicos, políticos e escolas de medicina direcionadas ao programa Mais Médicos, a OPAS (braço da Organização Mundial da Saúde para as Américas) saiu em defesa da proposta do governo Dilma Rousseff.

Em nota publicada em seu site, a OPAS afirma que "vê com entusiasmo o recente pronunciamento do governo brasileiro sobre o programa Mais Médicos".

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"Para a OPAS/OMS, as medidas de levar médicos, em curto prazo, para comunidades afastadas e de criar, em médio prazo, novas faculdades de medicina e ampliar a matrícula de estudantes de regiões mais deficientes, assim como o numero de residências médicas, são corretas, pois países que têm os mesmos problemas e preocupações do Brasil, estão colhendo resultados da implementação dessas medidas. Em longo prazo, a prática dos graduandos em medicina, por dois anos no sistema público de saúde, deve garantir, juntamente com o crescimento do sistema e outras medidas, maior equidade no SUS", diz o texto publicado na semana passada.

O programa tem dois eixos principais: fixar médicos brasileiros e estrangeiros no interior do país e nas periferias das grandes cidades, e ampliar o curso de medicina, com dois anos extra de serviços prestados na rede pública de saúde.

Hoje, porém, o governo admitiu que pode rever a ampliação do curso de medicina com os dois anos extras de serviços prestados no SUS (Sistema Único de Saúde) após a resistência de médicos, parlamentares e faculdades de medicina públicas e privadas.

"Em vez de serem dois anos a mais de graduação, a recomendação da comissão de especialistas do MEC é que fossem dois anos de residência médica", afirmou o ministro Aloizio Mercadante (Educação).


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