O prefeito Eduardo Paes (PMDB) se reuniu, no final da manhã desta terça-feira, com o coordenador da ONG AfroReggae, José Junior, e propôs parceria em Centro Comunitário no Complexo do Alemão (zona norte). Segundo a polícia do Rio, Junior foi impedido por traficantes de continuar suas atividades no espaço social.
Em nota, Paes diz que sugeriu que a prefeitura conduzisse as ações do centro comunitário com a parceria do AfroReggae.
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"É inaceitável que uma instituição como o AfroReggae, que faz um trabalho importante nos mais variados campos em várias favelas tenha que sair de qualquer lugar dessa cidade. Pedi que a gente pudesse incorporar aquele prédio como equipamento estatal e com a prefeitura bancando em sua plenitude ou mantendo algumas parcerias que o AfroReggae já tenha", disse o prefeito.
José Junior disse ao prefeito que se interessou pela proposta, mas vai dar uma reposta depois que consultar sua equipe.
"Acredito que o caminho oferecido pela prefeitura possa ser interessante, mas essa decisão não cabe a mim. Eu sou contra fechar, mas a minha equipe não quer isso. Parte dela mora no Alemão. Sabemos que para o AfroReggae sair de qualquer favela, para a imagem da nossa cidade é muito ruim", disse na prefeitura.
A reunião ocorreu no gabinete de Paes, na sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova (centro). O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho também participou do encontro.
SABOTAGEM
José Júnior revelou ao jornal "O Globo" que o núcleo da ONG em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, sofreu atos de sabotagem na última quinta-feira. A revelação foi feita após Junior se reunir com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, que quis saber detalhes sobre a ameaça sofrida pelo coordenador da ONG.
Junior disse à PM que todos os fios elétricos da sede da entidade foram cortados e foi necessário chamar a Light para fazer o reparo. No último sábado, ele disse que pretende fechar a sede da ONG no Alemão por conta de ameaças do tráfico.