Folha de S. Paulo


Prefeitura adia pedido de reintegração de posse de área na marginal Tietê

O prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) deu um prazo de 48h para que seja feito um acordo para a retirada das famílias que invadiram uma área embaixo da ponte Orestes Quércia, na marginal do Tiête. O local foi ocupado há duas semanas por cerca de cem famílias.

Durante visita a uma escola na zona leste da capital na manhã desta terça-feira (23), Haddad disse que lideranças da comunidade e secretários municipais se reuniram para definir a saída do grupo do local. "A comunidade quer contornar a situação. Estamos pactuando com eles uma forma de desocupar sem pedir na Justiça a reintegração de posse", disse o prefeito da capital.

Segundo o chefe do executivo municipal, o acordo para a retirada das famílias precisa ser selado até quinta-feira. "Precisamos entrar em um comum acordo para que não haja a necessidade de uma intervenção na área", completou Haddad.

Na sexta-feira (19), a prefeitura havia afirmado que entraria com um pedido de reintegração de posse na Justiça. Na oportunidade, a Secretaria de Habitação também iniciou o cadastramento das famílias que invadiram a área.

O terreno, no distrito do Bom Retiro (centro), estava sendo usado pela Dersa (empresa estadual de transportes) para obras de trânsito relacionadas à ponte, inaugurada em julho de 2011.

Segundo a Subprefeitura da Sé, responsável pela região, as famílias invadiram o local logo após a desocupação pela empresa. A secretaria de Habitação ainda analisa que medida será tomada em relação aos ocupantes, entre elas o auxílio-aluguel.

A ponte teve custo total de cerca de R$ 85 milhões e liga a avenida do Estado à marginal Tietê no sentido rodovia Castello Branco.


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