Folha de S. Paulo


Guarda municipal é detido por suspeita de tortura no caso Tayná

Um guarda municipal foi preso preventivamente nesta segunda-feira (22) por suspeita de participar de torturas contra quatro homens para que eles confessassem o estupro e morte de uma adolescente no Paraná.

Esta é a 15ª prisão de suspeitos de envolvimento nas agressões. Também estão detidos dez policiais civis, um militar, um auxiliar de carceragem, um guarda municipal e um preso. Todos negam as acusações.

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Reprodução/RPC TV
Tayná da Silva, 14, foi estuprada e morta
Tayná da Silva, 14, foi estuprada e morta

A maioria dos detidos trabalhava nas investigações da morte de Tayná Adriane da Silva, 14, que desapareceu em Colombo (região metropolitana de Curitiba) no final de junho.

Na ocasião, quatro funcionários de um parque de diversões foram presos e acusados de serem os responsáveis pelo crime. Segundo a polícia, eles confessaram os delitos. O parque foi destruído por moradores.

Um teste de DNA, porém, concluído dez dias após a prisão, mostrou que o sêmen encontrado na garota não pertencia a nenhum dos quatro suspeitos.

Nesse momento, os presos, com idades entre 22 e 25 anos, disseram ter sido torturados para confessarem. Laudos comprovaram que eles sofreram agressões, mas o Ministério Público ainda não descartou a participação dos quatro no crime.

Os homens foram liberados na semana passada, após permanecerem 18 dias presos. Eles estão sob a guarda do programa federal de proteção para testemunhas, em local incerto.

As investigações sobre a morte de Tayná recomeçaram do zero e continuam em andamento. A polícia não tem divulgado informações sobre as apurações.


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