O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), foi ao Complexo do Alemão (zona norte) neste domingo (21) e disse que tentará evitar o fechamento do centro comunitário da ONG AfroReggae, que anunciou o encerramento de suas atividades no local devido a ameaças de traficantes.
Paes afirmou que pretende conversar com o coordenador do AfroReggae, José Junior, que ontem disse, pelo Twitter, que o tráfico de drogas ainda "dá as cartas" no Alemão.
"A pacificação é um processo sem volta para o Rio, mas é claro que ainda há ajustes e melhorias a fazer", disse Paes.
"Fiz questão de vir aqui, no alto do Morro do Adeus, para mostrar que andamos no Alemão quando e como quisermos. Vou conversar com o José Junior para ver a possibilidade de assumirmos o centro comunitário. Não tem porque fechar nada aqui, ninguém mais vai calar ninguém no Alemão", afirmou.
| Raphael Lima/Divulgação/Prefeitura do Rio | ||
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| O prefeito do Rio, Eduardo Paes (dir.), anunciou a doação de um terreno para o jornal "A Voz da Comunidade", feito pelo estudante René Silva |
No Morro do Adeus, o prefeito anunciou que vai doar um terreno do município para o jornal "Voz da Comunidade", criado pelo jovem René Silva.
"A Voz da Comunidade", feito por jovens do Alemão, ficou conhecido ao narrar, via Twitter, a ocupação do complexo, em 2010.
O terreno foi solicitado por Silva, que considera o local "simbólico" por ter uma visão ampla das favelas.
Na semana passada, um incêndio atingiu o prédio onde funcionava o jornal comunitário e uma pousada da ONG Afroreggae, na favela da Grota, uma das comunidades do complexo.
O incêndio e as ameaças estão sendo investigados pela Polícia Civil. Junior se reúne amanhã com o comandante de Polícia Militar do Rio.