Em sua primeira manifestação após o governo anunciar a proposta de aumentar de seis para oito anos a formação dos médicos, a Faculdade de Medicina da USP pediu que a medida provisória seja tirada da pauta de votações.
A proposta federal prevê ainda a entrada de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma.
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Em nota, a diretoria da faculdade qualificou a proposta como "impositiva, sujeita a vários erros técnicos e políticos".
A faculdade diz considerar "temerário" o projeto de ampliação do número de vagas, em um "quadro em que diversas instituições não oferecem formação adequada".
O texto diz também que os problemas na saúde pública não resultam "da falta de médicos e sim de uma política pública de saúde inadequada".
A instituição critica o aumento do número de anos do curso e defende a aplicação do Revalida --exame para revalidar diplomas obtidos no exterior-- para estrangeiros.
A nota pede a criação de uma comissão, com participação de órgãos profissionais e escolas de medicina, para formular um "modelo factível e viável".