Folha de S. Paulo


Jovem morta não foi estuprada por funcionários de parque, diz laudo

Um laudo do Instituto de Criminalística do Paraná, divulgado nesta terça-feira (9), apontou que o sêmen encontrado na adolescente Tayná Adriane da Silva, 14, não pertence a nenhum dos suspeitos presos e indiciados sob suspeita de ter cometido o crime.

Tayná, que ficou desaparecida por três dias, foi encontrada morta no dia 28 de junho em Colombo (região metropolitana de Curitiba). No dia anterior, quatro homens que trabalhavam num parque de diversões próximo à casa da adolescente foram presos após confessarem o crime, segundo a polícia.

Reprodução/RPC TV
Tayná da Silva, 14, foi estuprada e morta
Tayná da Silva, 14, foi estuprada e morta

Os quatro, com idades entre 22 e 25 anos, foram indiciados sob suspeita de estupro e homicídio e permanecem presos. O parque foi destruído por moradores da região após as prisões. Com a divulgação do laudo, porém, a polícia voltará a investigar o caso.

Os peritos agora nem sequer confirmam se Tayná foi de fato estuprada. A adolescente foi encontrada vestida. O corpo estava próximo a um terreno baldio vizinho ao parque de diversões, onde trabalhavam os quatro acusados, mas não estava enterrado, como haviam afirmado os acusados na delegacia.

O Ministério Público, que recebeu o inquérito policial anteontem, já solicitou mais informações à polícia. Um novo delegado será designado para a investigação, e a Corregedoria da Polícia Civil acompanhará o caso.

O advogado dos suspeitos, Roberto Rolim de Moura Junior, diz que eles confessaram "sob tortura" e irá pedir o relaxamento ou revogação da prisão preventiva. A polícia e a Promotoria irão investigar a denúncia da defesa.


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