Folha de S. Paulo


Aécio Neves critica projeto do governo para medicina

O presidente do PSDB e potencial candidato do partido à Presidência, Aécio Neves (MG), criticou, nesta terça-feira (8), o projeto do governo que amplia o curso de medicina no pais e cria exigência de que estudantes prestem serviço ao SUS como condição para obtenção do diploma.

Segundo ele, a regra deve se aplicar aos alunos de universidades públicas. Não ao aluno de faculdade particular.

Para Aécio, o projeto "é uma medida paliativa e de efeito de marketing". Ele acusa a presidente DIlma Rousseff de autoritarismo ao anunciar o projeto sem consultar a comunidade médica. "É uma violência", atacou.

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Aécio apresentou ainda uma proposta de reforma política ao PSDB. Reunido com a executiva do partido, Aécio sugeriu cinco pontos. Entre eles, o fim do instituto da reeleição no país.

Pela proposta de Aécio, o mandato para cargos executivos no Brasil passa a ser de cinco anos, sem direito à reeleição. A nova regra só valeria a partir de 2018.

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Além disso, Aécio propõe o voto distrital e a cláusula de barreira (que condiciona o funcionamento de um partido a sua amplitude). Outros dois pontos são mudanças de critérios para suplência no Senado e para fixação de tempo de TV para as disputas eleitorais.

Essa seria uma resposta do PSDB à proposta de plebiscito apresentada pela presidente Dilma Rousseff para a realização de uma reforma política no Brasil. A proposta de Aécio depende da aprovação da executiva do partido.


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