Folha de S. Paulo


Bombeiros se arriscam para salvar animais em Mercado Público de Porto Alegre

Como não havia feridos no incêndio do Mercado Público de Porto Alegre, uma das prioridades das equipes de resgate na noite de sábado (6) foi salvar as vidas de dezenas de animais que seriam comercializados em uma loja do local e que estavam trancados na hora do fogo.

Quando as chamas ainda se proliferavam e o incêndio estava longe de ser controlado, bombeiros se arriscaram e entraram em uma loja agropecuária que mantinha em gaiolas aves, coelhos, hamsters e porquinhos-da-índia.

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A equipe de resgate retirou 150 bichos ao todo --a maioria galinhas, pombos e patos. As gaiolas foram deixadas por horas no meio da rua.

"Nosso receio era que eles [os animais] estivessem recebendo fumaça do incêndio", disse Regina Becker, secretária de Defesa Animal de Porto Alegre e primeira-dama do município.

De madrugada, os animais foram levados para um sítio do dono do estabelecimento. A secretária disse que pretende rever a autorização da loja para comercializar animais vivos no Mercado Público.

Após o incêndio, também houve uma corrida pelas vidas de centenas de peixes que estavam em uma loja de aquários. Como a eletricidade do prédio histórico foi cortada, havia risco de morte pela falta de oxigenação e de aquecimento da água.

A morte de um só peixe poderia contaminar todo o seu aquário e matar os demais.

Os responsáveis pelo estabelecimento insistiram com os bombeiros e conseguiram autorização para entrar no prédio histórico antes dos outros comerciantes para trabalhar no salvamento.

Baterias foram colocadas nos aquários para garantir a eletricidade. "Vamos levar [os peixes] para casa, para amigos, para onde der", disse o gerente, Paulo Niada.


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