Folha de S. Paulo


Cabral defende ação da PM durante protesto próximo a sua casa

O governador Sérgio Cabral (PMDB) comentou, em nota, a manifestação que reuniu nessa quinta-feira (4) cerca de 200 manifestantes perto do prédio onde mora, no Leblon, na zona sul do Rio. "Lamento que, entre os manifestantes próximos à minha casa, tivesse gente jogando pedra com interesse de conflito", disse Cabral.

O governador defendeu a ação da PM e disse que a Tropa de Choque se comportou de forma pacífica para garantir a manifestação e "somente agiu depois que as agressões se tornaram insustentáveis sob risco de depredação de portarias, prédios, automóveis e risco de pedradas em pessoas, por parte daqueles que estavam dentro da manifestação com esse intuito", avaliou.

Após confronto, moradores do Leblon querem que Cabral deixe o bairro

A avenida em que mora Cabral teve alguns prédios com janelas danificadas por pedras e pichações. Algumas lixeiras e cones de trânsito de plástico, material altamente inflamável, foram queimados no meio da pista pelos manifestantes.

A PM disse também, em nota, que 200 policiais de vários batalhões fizeram a segurança da manifestação e permaneceram parados, em linha, na rua Aristides Espínola durante toda a manifestação. "Em nenhum momento houve, por parte da PM, qualquer tentativa de impedir o direito de se manifestar, mesmo diante de provocações e ofensas".

A PM diz que, por volta das 23h40, a tropa foi atacada por pedradas pelo grupo que usava máscaras e tentou romper o cordão de isolamento. Após serem atacados, "os policiais usaram spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar o grupo. Três promotores de Justiça acompanhavam a manifestação e consideram legítima a ação da PM".

Três policiais militares ficaram feridos na cabeça, dentre eles um tenente que comandava parte da tropa. Seis pessoas foram presas após a ação do Batalhão de Choque, que foi acionado como reforço.


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