Folha de S. Paulo


PMs protestam em Porto Alegre e dizem que 'sem polícia não tem Copa'

Policiais militares do Rio Grande do Sul fizeram uma manifestação pelo centro de Porto Alegre nesta sexta-feira (5) e protestaram por aumento salarial na frente do palácio do governo do Estado.

Com faixas, cartazes e carros de som, eles criticaram o governador Tarso Genro (PT) por sua política salarial e gritaram em diversos momentos que "sem polícia não vai ter Copa".

A cavalaria de um CTG (Centro de Tradições Gaúchas) liderou a passeata. Caravanas de policiais vindas do interior, familiares dos agentes e bombeiros também participaram.

O comando da Brigada Militar (a PM gaúcha) afirmou que o policiamento de rotina das cidades não foi afetado porque os participantes da manifestação não estavam de serviço hoje.

Na passeata, os policiais incorporaram gritos de guerra dos manifestantes que promoveram protestos em série pelo país no mês passado, como coros com críticas aos gastos com a Copa do Mundo.

Em Porto Alegre, os policiais militares foram muito criticados por sua atuação em protestos de rua no último mês. Foram cinco grandes marchas que acabaram em confrontos entre PMs e manifestantes.

REIVINDICAÇÃO

A manifestação desta sexta-feira foi liderada por agentes de nível médio da Brigada. Eles pedem reajustes na mesma proporção dos concedidos aos oficiais da corporação e a policiais civis do Estado. Os policiais militares querem que o salário de um soldado suba para R$ 3.200 no próximo ano. Hoje, o cargo tem como remuneração inicial R$ 1.764,81 mensais.

O comando da Brigada afirma que o governo já deu neste mandato o maior aumento da história para os soldados e que mantém negociações com associações de policiais.

Após a manifestação em frente ao palácio do governo, os manifestantes foram à Assembleia Legislativa para uma audiência pública. (FELIPE BÄCHTOLD)


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