Folha de S. Paulo


Luiz Contier (1915-2013) - Implantou experiências pedagógicas

Luiz Contier ensinou latim, português e francês em Taquaritinga, Sorocaba, Itapira e São Carlos, no interior de SP. Quando lecionava em Catanduva, apaixonou-se pela também professora Maria da Penha, que ele dizia ser "a mulher mais bonita da cidade".

Casaram-se em 1950 e foram para Paris, onde Luiz, como bolsista, estudou a implantação da reforma do ensino francês. O educador paulistano passou um ano e meio na França, fez curso de literatura e deu aulas de português e "problemas brasileiros". Ao voltar para casa, quis pôr em prática algumas experiências pedagógicas que vira por lá.

No Instituto de Educação Professor Alberto Conte, do qual foi diretor em São Paulo, promoveu as "classes experimentais", baseadas nas francesas e cujos princípios acabaram incorporados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1961.

Deu aulas em colégios particulares, como o São Luís, e na Escola de Arte Dramática. Dirigiu o serviço de orientação pedagógica do departamento da educação do Estado de SP.

Participou ainda da criação da Academia Paulista de Educação e da Apeoesp (sindicato dos professores de SP).

Foi um professor exigente, mas em casa era calmo e afetuoso, segundo a família. Vivia de mãos dadas com a mulher. Sempre de bom humor, gostava de ler e ouvir música e cuidar de seu sítio em Jundiaí.

Viúvo desde 2008, morreu no sábado (29), aos 98, de causas naturais, segundo a família. Teve quatro filhos (todos da área da educação), nove netos e quatro bisnetos.

A missa do sétimo dia será hoje, às 12h45, na igreja N. Sra. do Brasil, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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