Folha de S. Paulo


Conselho de Medicina diz que manifestações 'atingiram o objetivo'

O presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto D'Ávila, afirmou que o movimento dos médicos nesta quarta-feira (3) "atingiu o objetivo". A entidade não apresentou, no entanto, um balanço do número total de manifestantes nos Estados.

"Atingiu o objetivo, que era ir para a rua dizer que defendemos melhores condições de trabalho, mais investimentos na saúde e a sanção do projeto do 'Ato Médico'", afirmou D'Ávila.

Médicos vão às ruas de capitais contra 'importação' de profissionais
Médicos entregam documento na sede da presidência em SP

Os médicos pedem melhor remuneração no setor público e realização de uma carreira médica estatal. A categoria afirma que não é contrária à entrada de profissionais estrangeiros no país, desde que submetidos à prova para avaliação de conhecimentos e posterior validação o diploma.

Em Brasília, cerca de 200 médicos protestaram em frente ao Ministério da Saúde. Chegaram a gritar pela saída do ministro Alexandre Padilha (Saúde). Em seguida, desceram até a frente do Palácio do Planalto --prédio onde trabalha a presidente Dilma Rousseff.

Na capital paulista, o grupo acabou se reunindo com outros manifestantes, totalizando 5.000 pessoas na avenida Paulista, que foi totalmente bloqueada no início da noite. Já no Rio, o ato aconteceu pela manhã, e reuniu em torno de 600 pessoas na avenida Rio Branco.

Na Bahia, houve manifestações em Salvador e nas duas maiores cidades do interior: Feira de Santana e Vitória da Conquista. Na capital baiana, o número de manifestantes chegou a 3.000 entre médicos, residentes e estudantes.

Em Fortaleza, aproximadamente 2.000 pessoas fizeram uma passeata pela avenida Beira-Mar, segundo a Polícia Militar, com cartazes e palavras de ordem. O ato começou pela manhã na Assembleia Legislativa do Estado, onde os médicos buscaram apoio dos deputados.

Em Goiânia, mil manifestantes, segundo a PM, marcharam do prédio do CRM (Conselho Regional de Medicina) até o Hospital Geral, onde o ato terminou.

Em torno de 800 médicos e estudantes também foram às ruas em Belo Horizonte, em marcha que partiu da avenida Afonso Pena fechou a praça Sete, no centro, por volta das 18h. Da praça Sete, os manifestantes seguiram pela rua Bahia em direção ao Minascentro, informou a polícia.

Um protesto menor, com cerca de cem médicos e estudantes, interditou no Recife a pista local da avenida Agamenon Magalhães. O ato terminou por volta das 17h.

Não houve confronto entre manifestantes e policiais em nenhum desses locais, informaram as PMs locais.


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