Folha de S. Paulo


Motoristas fazem protesto e bloqueiam terminais de ônibus de SP

Um protesto surpresa de motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo bloqueou na manhã desta terça-feira as entradas e saídas de três terminais de ônibus da cidade: Parque D. Pedro, Bandeira e Expresso Tiradentes. Os locais foram liberados por volta do meio-dia.

Ao todo, 97 linhas ficaram sem operar nos três terminais, por onde circulam 400 mil pessoas diariamente. Às 12h, os trabalhadores e sindicalistas deixaram os locais. A paralisação durou cerca de duas horas e meia. Segundo a SPTrans, não há como estimar quantos passageiros foram afetados, porque muitos veículos circularam pelas ruas laterais.

No Parque D. Pedro, por onde passam 250 mil pessoas por dia, os manifestantes --cerca de 500 pessoas-- ocuparam o terminal sem que houvesse policiais na área. Em seguida eles caminharam em direção à Câmara Municipal para tentar entregar um documento de reivindicações aos vereadores.

Danilo Verpa/Folhapress
Por conta de manifestação de motoristas e cobradores, ônibus ficam parados no terminal Parque D. Pedro, no centro de São Paulo
Por conta de manifestação de motoristas e cobradores, ônibus ficam parados no terminal Parque D. Pedro, no centro de São Paulo

Quando os ônibus voltaram a circular, passageiros embarcaram sem pagar tarifa, por orientação do grupo de manifestantes.

O terminal Expresso Tiradentes também foi liberado por volta das 12h. Por lá, passam diariamente 30 mil passageiros.

O grupo faz parte da oposição ao grupo que comanda o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Público.

Com carro de som, os manifestantes reivindicam melhores condições de trabalho e a garantia de emprego a cobradores.

"Por conta da redução da tarifa, a prefeitura está sendo conivente com a possível demissão de 18 mil cobradores", diz Edivaldo Santiago, um dos líderes do movimento.

BANDEIRA

O terminal Bandeira também foi liberado por volta do meio-dia, mas ainda havia uma fila de veículos na avenida Nove de Julho por volta das 13h. Uma parte dos manifestantes já tinha ido para a Câmara, mas os carros de som ainda fechavam a entrada.

Uma passageira, a babá Juliana Ferreira, 30, afirma esperar que "da próxima vez, avisem para a gente poder se programar com antecedência".


Endereço da página: