Folha de S. Paulo


CPI dos Transportes também deve investigar metrô e trem de SP

A CPI dos Transportes instalada na Câmara Municipal também deve investigar as planilhas de custos do metrô, trens e ônibus intermunicipais, de responsabilidade do Estado.
A informação foi confirmada ontem por integrantes da gestão Fernando Haddad (PT) e por parlamentares.

Segundo vereadores, será estudado, por exemplo, chamar responsáveis pelo transporte do Estado para depor.

Para os parlamentares, como o sistema municipal é integrado ao estadual, é impossível chegar a conclusões em relação aos custos sem analisar o sistema todo.

Questionado pela Folha, o secretário de Relações Governamentais, João Antonio, diz que, sendo um sistema integrado, é viável que a CPI faça um pente fino também nas planilhas do Estado.

A possibilidade de haver questionamentos sobre o sistema estadual não foi bem recebida pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que questiona a competência da comissão em relação ao tema.

O PT terá o controle da CPI, indicando inclusive o relator. A presidência ficou com o petista Paulo Fiorilo.

Ontem, a CPI adiou a definição do calendário e a escolha do relator para terça, quando a Câmara já estará em recesso. Não ficou claro se haverá mais sessões em julho, mas parte está disposta a atuar mesmo com os colegas em férias. Outros defendem que sejam feitos pedidos de informação agora, mas os debates apenas na volta do recesso.

Cotado para ser o relator, o vereador Milton Leite (DEM), que é ligado a cooperativas de perueiros, pode ficar de fora. Após conversas entre os integrantes, o nome de Dalton Silvano (PV), da base aliada de Haddad, ganhou força.

Já Eduardo Tuma (PSDB), único oposicionista da CPI, pleiteou o cargo sob o argumento de que isso poderia ajudar a retirar a pecha de que a CPI é "chapa branca".

Em nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que os documentos dos custos dos sistemas "são públicos e podem ser conferidos a qualquer momento".


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