Folha de S. Paulo


Protesto fecha principal via comercial de Salvador e vai à prefeitura

Cerca de 2.000 manifestantes, segundo estimativa inicial da Polícia Militar da Bahia, promovem uma passeata rumo à Prefeitura de Salvador desde as 14h45 desta quinta-feira (27).

O ato, convocado pelo MPL (Movimento Passe Livre) local, fechou a principal artéria comercial da cidade. A principal reivindicação é a redução nas tarifas do transporte público.

"Só em Salvador a tarifa não caiu", gritava o público, formado em sua maioria por estudantes, sem bandeiras de partidos políticos e que caminhavam sob chuva -o que, para líderes do grupo, acabou prejudicando a adesão ao ato.

Os manifestantes saíram da praça do Campo Grande, no centro, em meio a críticas contra o prefeito ACM Neto (DEM). O grupo chegou à prefeitura por volta das 16h30, pedindo audiência com o prefeito.

Nelson Barros Neto/Folhapress
Manifestantes caminham na praça Castro Alves durante protesto no centro da capital baiana
Manifestantes caminham na praça Castro Alves durante protesto no centro da capital baiana

A situação interrompeu o funcionamento do elevador Lacerda, que funciona ao lado, e prejudicou o principal acesso ao Pelourinho.

Vereadores e secretários municipais disseram que só aceitam receber a lista com 21 reivindicações do MPL e prometeram uma audiência pública, na próxima semana, para discutir o assunto.

Comerciantes da avenida Sete de Setembro fecharam seus estabelecimentos, um a um, inclusive agências bancárias. Até mesmo os ambulantes, tradicionais na região, deixaram a via.

A capital baiana é uma das poucas que não sofreu aumento na tarifa em 2013 e, por causa disso, a prefeitura não reduziu as passagens.

O último reajuste em Salvador ocorreu no ano passado, quando o valor saiu de R$ 2,50 para R$ 2,80.

A PM acompanha a movimentação, que até a publicação desta reportagem transcorria sem problemas. A sede da prefeitura já possui segurança reforçada.


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