Folha de S. Paulo


Polícia do Rio permanece com operação na Maré; 9 já morreram

Cerca de 400 policiais militares realizam uma operação na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte do Rio, desde a noite de segunda-feira (24).

O objetivo é prender criminosos que fizeram um arrastão na avenida Brasil, altura de Bonsucesso (zona norte) ontem à noite. Até as 12h30 de hoje, foram registradas nove mortes e seis feridos.

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O clima é tenso na favela. A PM enviou reforço no início da tarde, já que informações da inteligência da corporação apontavam que moradores fariam um protesto na entrada da favela contra as ações da polícia.

A confusão teve início na noite de ontem. De acordo com a polícia, assaltantes fizeram um arrastão na avenida Brasil após o fim de um protesto, e de lá fugiram para a Maré. Policiais do Bope foram acionados.

Houve perseguição e tiroteio. O sargento do Bope Ednelson Jerônimo dos Santos Silva, 42, e um morador que voltava do trabalho foram atingidos e morreram.

Os confrontos continuaram na madrugada e manhã de hoje (25), e mais sete pessoas morreram. Moradores que seguiam para casa tiveram que esperar o tiroteio passar para entrar no conjunto de favelas.

Além do sargento, foram identificados entre os mortos o morador Eraldo Santos da Silva, 36, baleado na cabeça, e José Everton Silva de Oliveira, 21, que foi atingido no abdômen e morreu no Hospital Geral de Bonsucesso. Os outros seis ainda não foram identificados.

Ao menos 14 suspeitos foram detidos, entre eles, cinco adolescentes. Todos foram levados para a delegacia de Bonsucesso. Entre eles está o homem suspeito de ter assassinado o sargento do Bope.

A PM informou que o enterro do corpo de Edimilson Silva deve acontecer na tarde de hoje no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, zona oeste.


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