Folha de S. Paulo


Após novo ato, reunião de estudantes vai definir protestos no Rio

Uma reunião agendada para amanhã (em local ainda não divulgado) vai definir as ações dos estudantes do Rio nesta última semana da Copa das Confederações --o torneio da Fifa que terá a final no próximo domingo, no estádio do Maracanã.

Em mais um dia de manifestações no Rio, 2.000 pessoas protestaram no centro da cidade no fim da tarde desta segunda-feira. O ato terminou por volta das 21h na Cinelândia.

O pequeno público, comparado aos eventos anteriores, estava relacionado à ausência dos universitários. O Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem, responsável pela mobilização de boa parte dos estudantes do Rio de Janeiro, não divulgou a manifestação.

No início, a concentração do grupo na praça Pio X, ao lado da Igreja da Candelária, teve pequena adesão. Ao seguir pela avenida Rio Branco, mais pessoas se juntaram a passeata que terminou na Cinelândia.

No local, um cordão de isolamento com aproximadamente 100 policiais foi formado em frente ao Theatro Municipal.

Desta vez, não houve confronto. Os manifestantes chegaram até mesmo a entregar à polícia um suspeito de furtar outros participantes do protesto.

As reivindicações, como de costume, eram variadas. Havia cartazes contra Sérgio Cabral, Dilma Rousseff, a PEC 37 (proposta de emenda à Constituição que restringe a atuação do Ministério Público) e até mesmo a Varig.

Alguns ex-funcionários da companhia aérea estavam lá para protestar contra o fundo de pensão, que após a falência da empresa, deixou sem rendimentos os aposentados.

"Até hoje, 858 pensionistas já morreram sem nunca receber um centavo", lamentou Geraldo Tavares, 66, um dos aposentados da Varig.

ACAMPAMENTO

Ao menos 20 manifestantes continuam acampados nesta segunda-feira (24) em frente à casa do governador do Rio, no Leblon, zona sul carioca. O grupo diz que só levantará o acampamento se houver uma conversa com Sérgio Cabral (PMDB) sobre suas reivindicações na área da saúde e educação.

A maioria são jovens na faixa etária de 20 a 25 anos. Alguns tiveram que deixar o acampamento para trabalhar e só retornarão à noite para dormir no local. Outros são universitários ou desempregados. Eles permanecem em quatro barracas montadas na esquina da rua Aristides Espínola --bloqueada pela PM-- com a avenida Delfim Moreira (na pista sentido São Conrado).


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