Folha de S. Paulo


Em Salvador, protesto chega à prefeitura e ACM Neto lamenta 'radicais'

Mesmo após perder fôlego, o protesto desta quinta-feira (20), em Salvador (BA), seguiu rumo à prefeitura da cidade. Menos de cem pessoas estiveram no local, um dos principais pontos turísticos da capital baiana, vizinho ao Pelourinho e na parte de cima do Elevador Lacerda.

O grupo, que chegou a reunir ao menos 20 mil pessoas, segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia, acabou sendo dispersado quando policiais atiraram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo no entorno do estádio da Fonte Nova.

Veja o mapa dos protestos que acontecem pelo país

A mobilização buscava aproveitar o primeiro jogo da Copa das Confederações na arena para, entre outras bandeiras, criticar os gastos públicos com o evento.

Os manifestantes não tentaram invadir a prefeitura, fortemente policiada devido a um concurso de quadrilhas que ocorria na praça da Sé. Salvador já vive clima de São João depois de o governo decretar ponto facultativo antes do feriado.

Em nota, o prefeito ACM Neto (DEM) lamentou o que chamou de "pequeno grupo de vândalos que destruíram equipamentos públicos e também privados". Também chamou o movimento de "legítimo, democrático e com espírito pacífico".

"A maioria das pessoas que foi às ruas se manifestar fez de forma ordeira e pacífica. A manifestação faz parte da democracia e é plenamente aceita, devendo ser entendida por todos. O lamentável é a ação dos radicais", afirmou Neto.

A PM soltou comunicado dizendo que utilizou bombas de lacrimogêneo para "garantir a proteção das pessoas e do patrimônio público e privado". Além disso, que as ações desenvolvidas contra o protesto "estão em consonância com os padrões técnicos e legais do uso progressivo da força".


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