Folha de S. Paulo


Em nota, Câmara dos Deputados diz que manifestação é 'legítima'

Após o gramado em frente ao Congresso Nacional ser tomado por cerca de 20.000 manifestantes, o comando da Câmara dos Deputados divulgou uma nota nesta quinta-feira (20) em apoio ao protesto.

O texto afirma que "esse movimento da cidadania é legítimo e gera esperanças de um revigoramento republicano".

O documento sustenta ainda que "reafirmamos o compromisso do Legislativo brasileiro com o Estado Democrático de Direito e colocamo-nos à disposição daqueles que, em nome do movimento e de suas variadas demandas, queiram dialogar".

A nota foi costurada pelo presidente interino da Câmara, André Vargas (PR), e alguns líderes partidários. O PSDB se opôs ao documento. "As manifestações não aguardam uma nota, esperam respostas para as suas reivindicações com o fim do voto secreto, a derrubada da proposta de emenda à Constituição que tira poderes de investigação do Ministério Público", afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP).

Vargas entrou há pouco no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os dois vão receber três representantes dos manifestantes. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deve chegar a Brasília nas próximas horas. Ele estava em viagem oficial à Rússia, mas antecipou o retorno por conta do protesto.

TENSÃO

Logo após a chegada dos manifestantes no gramado, parte do grupo tentou puxar a manifestação para frente do Palácio do Planalto. A Polícia Militar conseguiu permitir o deslocamento. Foram ouvidos dois estrondos que seriam rojões.

Um grupo de manifestantes já se jogou no espelho d'água. Pelo gramado, estão espalhados centenas de cartazes com mais diversas reclamações, jovens com nariz de palhaço, bandeiras do Brasil.


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