Folha de S. Paulo


'Cada um está brigando por uma coisa', diz manifestante em SP

Após a redução das tarifas do transporte público na capital paulista, manifestantes se reúnem na avenida Paulista, na região central de São Paulo, na noite desta quinta-feira, contra a corrupção, os impostos, a PEC 37 --proposta que limita a ação dos Ministério Público--, entre outros.

"Estou aqui porque investiram na Copa e não investiram em educação e saúde. Estou aqui por causa da PEC 37, para tirar Renan Calheiros, abaixar os impostos e por mais saúde e educação. Cada um está brigando por uma coisa, mas falta por voz para o movimento", afirmou o analista de sistema Osvaldo de Oliveira, 26.

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"Como todos os brasileiros, estou de 'saco cheio' de uma democracia que não nos representa. Sou a favor da modernização da democracia. Nenhum partido me representa. Prefiro perder um dia de trabalho hoje para que no futuro seja mais fácil trabalhar e empreender", diz Paulo Gonçalves, 30, empresário do setor imobiliário.

Os manifestantes fecharam por volta das 17h aos dois sentidos da avenida Paulista. O protesto foi mantido mesmo após a redução das passagens de ônibus, metrô e trem na capital paulista, anunciado ontem. Segundo a Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas participam do ato, que começou na altura da praça do Ciclista.

Segundo a PM, o policiamento da região central foi reforçado em cerca de 3.000 homens. Apesar disso, alguns pontos do protesto tinha pessoas exaltadas, com gritos de ordem contra as pessoas que carregam bandeiras e camisas de partidos políticos. Com isso, o ato se dividiu em blocos de pessoas com e sem partidos.

TARIFA

O Movimento Passe Livre, que organiza o protesto, comemorou a redução de R$ 3,20 para R$ 3, mas afirmou que agora vai lutar para conseguir tarifa zero no transporte público. Ao anunciarem a redução, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) disseram que investimentos serão reduzidos.


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