Folha de S. Paulo


Alckmin evita falar sobre demora da PM para agir após vandalismo no centro de SP

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou hoje de manhã, em Barueri (Grande SP), responder diretamente sobre a demora da Polícia Militar em agir após os atos de vandalismo e saques que ocorreram ontem no centro de São Paulo.

Em seguida, politizou as razões dos protestos e atribui o reajuste das tarifas de transporte coletivo em São Paulo à alta da inflação, o que vem provocando desgaste no governo de Dilma Rousseff (PT).

Ao ser indagado sobre "onde estava a polícia" durante os saques, ele respondeu: "Primeiro queria trazer uma palavra dizendo [de] todo nosso apoio à manifestação, à manifestação legítima, à manifestação pacífica, à manifestação ordeira, todo nosso apoio. Do outro lado não é possível tolerar a ação de vândalos, de uma minoria que depreda patrimônio público e privado, que faz saques, que põe em risco a vida da população".

Depois, afirmou que a polícia vai atuar contra novos atos violentos. "A polícia vai agir com rigor no sentido de não permitir a ação de vândalos, seja colocando em risco a vida das pessoas, seja promovendo a destruição do patrimônio. Prendemos 63 pessoas que fizeram saques ou baderna."

As ações violentas, avaliou o governador, foram provocadas por "uma minoria". Além disso, ele cobrou dos líderes do movimento posições contrárias ao vandalismo nas passeatas.

"Liderança impõe responsabilidade, [líderes] devem claramente condenar essas ações de vandalismo e baderna, que prejudicam a população. E a polícia agirá nesses casos para preservar o direito de ir e vir e a vida das pessoas e o patrimônio público e privado."

Depois, deixou claro que a tarifa aumentou por conta do aumento da inflação. "Sobre o mérito, só uma palavra: primeiro, o reajuste, no caso da prefeitura, dos ônibus, e no caso do Estado, metrô e dos trens, seria em janeiro. E tem inflação. Por que tem reajuste? Porque tem inflação, se não tivesse inflação não teria reajuste. Infelizmente tem." (JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)


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