Folha de S. Paulo


Protesto deixa saldo de 189 lixeiras e 29 estabelecimentos destruídos

A Prefeitura de São Paulo divulgou na manhã desta terça-feira (19) um balanço da destruição do protesto de ontem. Segundo a prefeitura, 29 lojas e bancos foram depredados ou incendiados na noite de ontem.

A prefeitura também contabilizou 189 lixeiras quebradas e sete bandeiras rasgadas --três da prefeitura e quatro que ficavam no viaduto do Chá.

Além da pichação e destruição dos vidros da prefeitura, o Theatro Municipal também foi pichado, assim como outros 12 pontos localizados nas ruas 15 de Novembro, Direita, São Bento e praça do Patriarca.

"Estamos verificando com o Patrimônio Histórico como fazer para limpar. A previsão é que até amanhã a Prefeitura e o Theatro estejam limpos", disse Marcos Barreto, subprefeito da Sé. Os dois prédios são tombados por conselhos de defesa do patrimônio.

Barreto disse que 350 pessoas trabalham na limpeza do centro e da região da avenida Paulista. "Passamos a madrugada trabalhando para que a cidade estivesse mais limpa", disse.

"É uma situação muito triste para quem gosta do centro, com pichação por todos os lados, até no pórtico da praça do Patriarca, projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, um dos símbolos da reabilitação do centro", disse afirmou.

Também foram depredados 95 ônibus municipais, sendo dois queimados (um com perda total e outro com perda parcial).

O balanço do subprefeito foi divulgado antes do início da entrevista coletiva convocada pelo prefeito Fernando Haddad (PT). Marcada para começar às 10h, até as 11h45 não havia começado. Haddad estava reunido com seu Conselho Político para discutir sobre a tarifa do transporte municipal.


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